Carta de um oncologista do Sri Lanka revela que esse efeito se transformou num problema para os serviços de imigração dos EUA
Um medicamento utilizado no tratamento do cancro apaga as impressões digitais dos pacientes e esse efeito transformou-se num problema para os serviços de imigração dos Estados Unidos da América (EUA), noticia a BBC.
Uma carta de um médico do Sri Lanka, publicada esta quarta-feira pela revista «Annals of Oncology» revela que um desses pacientes ficou retido num posto de imigração fronteiriça nos EUA porque não tinha impressões digitais. O homem tem metástase no pescoço e na cabeça, mas respondeu bem à quimioterapia, baseada num composto identificado como Capecitabine.
Eng-Huat Tan, do Departamento Nacional de Oncologia do Centro Nacional do Cancro, em Singapura, recomenda por isso a todos os pacientes medicados com Capecitabine que levem consigo uma carta do médico-assistente quando viajarem para os EUA.
O Capecitabine é um medicamento anti-metabólico usado para tratar vários tipos de cancro. Um dos efeitos é a inflamação crónica da planta dos pés e da palma das mãos. Essa inflamação traduz-se em descamação, sangramentos e formação de bolhas na pele. Esses efeitos podem levar à perda das impressões digitais, se repetidos por um longo período.
O oncologista contou que, em Dezembro de 2008, um dos seus pacientes, que estava a ser tratado com Capecitabine há três anos, chegou aos Estados Unidos para visitar parentes.
«Ficou detido durante quatro horas porque os agentes de imigração não podiam detectar-lhe as impressões digitais», afirmou.
Por fim, o homem de 62 anos, oriundo da Ásia, foi autorizado a entrar nos Estados Unidos quando os serviços de imigração verificaram que não constituía uma ameaça para a segurança do país.
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