Um guia para ajudar as mulheres a entenderem melhor o comportamento dos homens
Homens são práticos e agressivos, fogem do acasalamento, demarcam território. O senso comum diz que é mais ou menos assim que eles se comportam. Para tudo, no entanto, há uma explicação. A ciência explica, por exemplo, o impulso de olhar para um rabo de saia e até a necessidade que eles têm de impor ordem e respeito.
Depois dos homens terem descoberto, aqui no Maisde50, algumas coisas essenciais sobre as mulheres, é a vez delas de entender um pouco mais sobre o cérebro masculino. Passando por seu instinto protetor e pela vontade de casar – sim, eles querem! – o site Live Science fez uma lista de 10 coisas sobre os homens que as mulheres têm que saber.
Seguidamente, você vai ver que vale a pena navegar por esse universo nada desconhecido.
Emoções escondidas. O sexo feminino tende a ser considerado o mais emocional, mas homens também são bastante emotivos. Durante a infância, meninos têm mais reações e expressões emocionais que meninas. Homens adultos também têm reações emocionais ligeiramente mais fortes, mas apenas enquanto eles ainda não sabem de seus sentimentos. Uma vez que o descobrem, costumam encobri-los. Uma vez que eles tomam consciência da emoção, no entanto, a suprimem e fazem cara de paisagem. Quando crianças, meninos aprendem a esconder emoções que a cultura considera pouco masculinas. Sufocar essas emoções também estimula a famosa reação do “bater ou correr”. No entanto, há teorias de que a reação forte de um homem e a conseqüente supressão da emoção podem prepará-lo para lidar melhor com ameaças.
Mulher faz bem. Todos sabem que ficar sozinho não costuma ser bom para ninguém, mas em homens mais velhos o efeito é agravado. Como eles tendem a se expressar e se abrir menos que elas, a solidão acaba se exacerbando e isso tem um custo para os circuitos cerebrais relacionados à sociabilidade. Por outro lado, viver com uma mulher pode trazer benefícios. Homens em relacionamentos estáveis geralmente são mais saudáveis, vivem mais tempo e têm níveis hormonais que podem indicar queda de ansiedade. E elas ainda podem ser boas para as gônadas. Em um estudo publicado na revista Biology of Reproduction (Biologia da Reprodução, em tradução livre), camundongos machos que viviam com fêmeas eram mais férteis, e por mais tempo, que seus primos isolados.
Empatia e foco. Mulheres são mais afetuosas e homens são mais práticos, é o que se costuma dizer por aí. Mas não é bem assim. Ao ficar sabendo dos problemas de alguém, homens sentem, sim, preocupação e solidariedade pela pessoa, mas a parte de seu cérebro responsável por “dar um jeito nas coisas” logo assume o controle. Por isso, enquanto elas tentam consolar e demonstrar que estão ali para ajudar, eles estão mais empenhados em encontrar uma solução. E só tenta resolver um problema quem se importa, é bom que as mulheres saibam.
Não é canalhice. Todo mundo culpa a testosterona pela agressividade e pela hostilidade masculinas, mas se esquecem que ela também é o hormônio da libido. Uma pesquisa feita na Universidade de Columbia, em Nova York, apontou que este hormônio, que é seis vezes mais forte no homem que na mulher, prejudica a região do cérebro responsável por controlar impulsos. Por isso, eles são cientificamente incapazes de resistir a olhar para um rabo de saia.
Sempre de guarda. O homem defende seu terreno. Desde o começo da vida, na maioria dos animais, o macho é responsável por tomar conta do território enquanto a fêmea cuida da família. A evolução tratou de fixar estes comportamentos e, por isso, mulheres tendem a ser possessivas e os homens a ficar agressivos quando seu lugar (seja ele físico, como a casa e o trabalho, ou abstrato, como os amigos ou a família) parece estar sob ameaça. Ele é evolutivamente programado para tomar conta de suas terras. Além disso, a área do cérebro responsável por “defender a grama” é maior neles que nelas.
Gostam de hierarquia. A instabilidade pode aumentar consideravelmente o nível de ansiedade de um homem. Já uma cadeia de comando bem estabelecida e estruturada, a exemplo da encontrada em organizações militares e em muitos locais de trabalho, ajuda a reduzir os níveis de testosterona e, consequentemente, a agressividade masculina. A preocupação em estabelecer a ordem começa já na infância, por volta dos seis anos. Meninos estão sempre tentando colocar um ao outro para baixo, buscando demonstrar sua própria superioridade e deixar claro quem é que manda.
Idade traz cooperação. O homem compete por status e parceiras na juventude e se esforça para fortalecer laços na maturidade. A competitividade parece perder a atração com o passar dos anos e a chegada dos fios grisalhos. Em vez disso, eles prestam mais atenção nos relacionamentos e em melhorar as comunidades das quais fazem parte. Esta mudança se deve à redução de testosterona que acontece com o envelhecimento. Um estudo publicado na revista Hormones and Behavior (Hormônios e Comportamento, em tradução livre) em 2009 sugere que homens com altos níveis do hormônio tendem a se desempenhar melhor no “mano-a-mano”, enquanto aqueles com níveis mais baixos funcionam melhor trabalhando em equipe.
As mudanças da paternidade. Nos meses antes de se tornar pai, o cérebro do homem se condiciona para cooperar com a mãe e passa a estimular o comportamento paternal. Este é um dos primeiros passos para a mudança explicada no tópico anterior. Isto se deve a uma mudança hormonal que envolve uma queda na produção de testosterona e pode ser estimulada pelos feromônios exalados pela mãe.
Brincadeira de papai. Muitas mães condenam o jeito dos pais de brincar com seus filhos, mas isto é bom para as eles. A aspereza, as provocações e a espontaneidade podem ajudar as crianças a aprenderem melhor, ter confiança e se preparar para o mundo real. Além disso, pais envolvidos ajudam a diminuir o risco de comportamento sexual nos pequenos. Pais que participam ativamente da criação dos filhos têm níveis mais baixos de testosterona, o que os deixa mais calmos. Crianças humanas estão entre as que mais precisam de cuidados no mundo animal e bons pais garantem sua sobrevivência – e, consequentemente, de seus genes.
Sem medo do altar. O pensamento comum é de que mulheres querem se casar e levar uma vida tranquila, enquanto homens querem viver aventuras e ter um estilo agitado e selvagem. Isso é apenas um equivoco baseado nas muitas pesquisas feitas nos EUA que usaram como cobaias homens jovens, geralmente universitários. Um estudo publicado em 2007 na Proceedings of the Royal Society (Procedimentos da Sociedade Real, em tradução livre) descobriu que a infidelidade ocorre mais antes dos 30 anos, mas depois a atenção masculina se volta para a construção da família e de seu bem estar. Há aqueles que têm dificuldades para se comprometer, mas são casos individuais. Muita gente pode dizer o contrário, mas eles querem, sim, subir ao altar e ouvir os sinos do casamento.
Dated27dez2010