Já é conhecido o relatório «O Estado das Cidades no Mundo 2010/2011», do programa Habitat da ONU
O número de pessoas a morar em bairros de lata em todo o mundo subiu para 827,6 milhões nos últimos 10 anos, segundo dados das Nações Unidas divulgados, esta quarta-feira, escreve a Lusa.
Os números, que constam do relatório bianual «O Estado das Cidades no Mundo 2010/2011», do programa Habitat, revelam que, apesar da população a viver nestes bairros ter aumentado de 776,7 milhões (2000) para 827,6 milhões (2010), houve 227 milhões de pessoas que no mesmo período conseguiram sair destas áreas degradadas.
No relatório, as Nações Unidas recordam que a redução das assimetrias nas cidades ao nível do acesso à habitação ainda precisa de «um grande esforço», sublinhando que o progresso conseguido não foi suficiente para travar o aumento de aglomerados urbanos ilegais nos países em desenvolvimento.
O relatório sublinha que os esforços desenvolvidos para reduzir o número de pessoas que moram em barracas e as assimetrias urbanas «não são satisfatórios nem adequados», sobretudo porque mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas.
A região sub-sahariana de África tem a maior população de bairros de lata do mundo, com 199,5 milhões (61,7 por cento) de pessoas, seguida do sul da Ásia, com 190,7 milhões, América Latina e Caraíbas, com 110,7 milhões e o sudeste asiático, com 88,9 milhões de pessoas a viver em barracas.
Numa declaração no dia da divulgação do relatório, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, sublinhou que «muita da desigualdade e injustiça [nas áreas urbanas] é provocada por políticas inadequadas por parte das autoridades locais e nacionais».
«As soluções incluem a remoção das barreiras que impedem o acesso à terra, à habitação, infraestruturas e a serviços básicos e a promoção da cidadania», afirmou Ban Ki-moon, realçando que «os melhores ganhos são conseguidos quando se combinam as acções locais com políticas de habitação a nível nacional».
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