Querido Pai Natal!
Chamo-me Joost e tenho 11 anos, vivo numa cidade chamada Nhacra perto da Guiné Bissau. Não sei escrever muito bem porque como em todo o meu continente (Africano) nós crianças desde muito pequenas temos que trabalhar para ajudar a nossa família e perdemos o direito a ir a escola como as outras crianças do mundo inteiro.
Ontem fiz anos e um grupo de missionário deram-me um papel e uma caneta, foi a primeira vez que recebi uma prenda, fiquei tão feliz. Um deles perguntou-me: Então Joost que vais fazer com esse papel e com essa caneta? Um desenho? ou vais guardar para daqui a uns tempos escreveres uma carta a uma namorada? e, eu respondi: Não. Vou escrever uma carta ao Pai Natal.
Pois, aqui estou eu perdido nas linhas e nos enganos da minha escrita, a escrever-te a ti Pai Natal.
Imagino-te como um super herói, estou enganado? Não te vejo barrigudo, de fato vermelho e com uma longa barba branca. Aqui, enquanto todos os dias trabalho e sou alvo de alguma escravidão consigo pensar e imaginar como serias. E até mesmo no que te pediria e como agora tenho oportunidade de te encontrar através das palavras vou-te pedir um coisa (não como um homem que anda de casa em casa com um saco gigante, vermelho e cheio de presentes mas, sim como eu te imagino, um super herói). Não te quero pedir um carro dos bombeiros ou uma coisa daquelas que eu vejo a preto e branco na televisão do meu "chefe" aquilo que agora todos jogam, só te quero pedir uma única coisa quando na noite de natal saíres do teu castelo e te passeares pelo mundo (por favor) espalha a magia, a solidariedade e o amor entre os Homens, nós aqui não aguentamos com tantas guerras e tanta exploração. Só queremos ser crianças.
Não te quero pedir mais nada Pai Natal. Espero que um dia possa ter o prazer de te conhecer e que nesse dia o mundo em que eu vivo e tu assistes na televisão do Pólo Norte, seja um mundo melhor.
Um abraço do Joost.
Chamo-me Joost e tenho 11 anos, vivo numa cidade chamada Nhacra perto da Guiné Bissau. Não sei escrever muito bem porque como em todo o meu continente (Africano) nós crianças desde muito pequenas temos que trabalhar para ajudar a nossa família e perdemos o direito a ir a escola como as outras crianças do mundo inteiro.
Ontem fiz anos e um grupo de missionário deram-me um papel e uma caneta, foi a primeira vez que recebi uma prenda, fiquei tão feliz. Um deles perguntou-me: Então Joost que vais fazer com esse papel e com essa caneta? Um desenho? ou vais guardar para daqui a uns tempos escreveres uma carta a uma namorada? e, eu respondi: Não. Vou escrever uma carta ao Pai Natal.
Pois, aqui estou eu perdido nas linhas e nos enganos da minha escrita, a escrever-te a ti Pai Natal.
Imagino-te como um super herói, estou enganado? Não te vejo barrigudo, de fato vermelho e com uma longa barba branca. Aqui, enquanto todos os dias trabalho e sou alvo de alguma escravidão consigo pensar e imaginar como serias. E até mesmo no que te pediria e como agora tenho oportunidade de te encontrar através das palavras vou-te pedir um coisa (não como um homem que anda de casa em casa com um saco gigante, vermelho e cheio de presentes mas, sim como eu te imagino, um super herói). Não te quero pedir um carro dos bombeiros ou uma coisa daquelas que eu vejo a preto e branco na televisão do meu "chefe" aquilo que agora todos jogam, só te quero pedir uma única coisa quando na noite de natal saíres do teu castelo e te passeares pelo mundo (por favor) espalha a magia, a solidariedade e o amor entre os Homens, nós aqui não aguentamos com tantas guerras e tanta exploração. Só queremos ser crianças.
Não te quero pedir mais nada Pai Natal. Espero que um dia possa ter o prazer de te conhecer e que nesse dia o mundo em que eu vivo e tu assistes na televisão do Pólo Norte, seja um mundo melhor.
Um abraço do Joost.
Meu Agradecimento à Inês Costa e ao Blog: http://umundoparalelo.blogspot.com/
Nota de 1lindomenino: só quem não conhece África não fica sensibilizado com uma carta deste teor. Quantos "casos" assim de crianças-coragem... quantos...?!
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