Ocupação com tarefas diárias gera satisfação e sensação de utilidade
Ter tempo livre pra fazer o que se quer é o sonho de consumo de muita gente. Quem não sonha com dias de pernas para o ar, sem absolutamente nenhuma responsabilidade, nenhuma louça para lavar, nem neto para levar à escola, nenhuma ida ao supermercado? O que parece certeza de felicidade pode representar justamente o contrário. Toda pausa na correria e no ritmo acelerado é bem vinda. Mas a falta do que fazer, continuamente, pode gerar efeito contrário. Um estudo da Universidade de Chicago, EUA, indica que as pessoas com tarefas diárias, mesmo que maçantes, podem ser mais felizes que aquelas que simplesmente não fazem nada.
O pesquisador Christopher Hsee junto a Liangyan Wang, da Universidade de Shangai, estudaram o nível de felicidade que tarefas diárias trazem para os indivíduos. Segundo Christopher as pessoas têm excesso de energia e evitar o ócio faz parte da natureza humana.
Há diferenças entre o tempo livre e o tempo desocupado de acordo com psicoterapeuta Márcia Queiroga. “O tempo livre permite à pessoa realizar o lazer isento de obrigações de qualquer natureza, é o tempo que cada um tem para si, para fazer o que gosta, para conviver com quem gosta. Já o tempo desocupado pode se entendido como um período flutuante no qual o indivíduo não usa o tempo ao seu favor e não possui produtividade”, afirma Queiroga.
A chegada da aposentadoria pode trazer questionamentos quando o tempo que sobra não é bem administrado. “O mais importante é despertar no idoso a motivação em ocupar seu tempo livre conquistado após anos de trabalho, dedicação e contribuição para a sociedade. Devemos auxiliar o idoso na manutenção de seu equilíbrio físico e social, afastando-o do processo de isolamento, o que o torna vulnerável a doenças”, diz Márcia.
Segundo a psicoterapeuta, uma das modificações que ocorrem na vida social das pessoas idosas é o aumento considerável do tempo livre que elas adquirem principalmente com o processo da aposentadoria e do envelhecimento. Esse tempo pode ser aproveitado de diferentes maneiras com outras práticas que não as ocupacionais, como as atividades de lazer, por exemplo.
O tempo livre na terceira idade pode ser o momento do despertar das potencialidades para aspectos criativos, para a sociabilização. É a hora de trocar e compartilhar experiências, aguçar a sensibilidade, as emoções e as formas de expressão. "Aprender coisas novas permite uma vida ativa sem obrigações, com mais satisfação e qualidade", reforça Queiroga.
Por Viviane d'Avilla
Recebido via e-mail do site http://maisde50.com.br/
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