Nas novelas e nos comerciais de margarina, os casamentos são quase sempre felizes e sem conflitos. O que se vê na TV ou nas revistas, no entanto, pouco tem a ver com a realidade entre quatro paredes. No dia-a-dia, homens e mulheres têm visões diferentes sobre a vida a dois, encaram frustrações e tentativas mal sucedidas, e o sexo feminino, em grande parte, carrega mais ressentimentos e insatisfações.
A conclusão é da psicóloga Giovana Dal Bianco Perlim, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Regional da Bahia, que há mais de 20 anos estuda as questões de gênero.
A grande queixa das mulheres é que sobra trabalho e falta afeto dentro de casa, revela o estudo de Giovana, defendido na Universidade de Brasília (UNB). "As mulheres ainda sentem que existem regras diferentes, e essas regras trazem limitações nos espaços sociais. Elas sentem que são pouco compreendidas nas suas necessidades afetivas e que não são valorizadas no seu esforço de dar conta da casa, dos filhos e do trabalho", diz a psicóloga.
A culpa de tamanho descompasso entre os sexos tem dono. Segundo Giovana, a mídia ainda insiste em divulgar imagens irreais sobre a vida a dois. "As pessoas continuam se casando como nos contos de fadas: casaram-se e foram felizes para sempre utilizando claramente um modelo romântico de relacionamento. Cada vez mais a sociedade padroniza como deve ser o casamento perfeito sem ensinar como dar conta de tamanha tarefa", opina a especialista.
Se as expectativas se distanciam da realidade, o resultado ganha a forma de frustração, que vem de ambas as partes. "Enquanto as mulheres relacionam o casamento a um local para intimidade, sexo e romantismo, os homens vinculam a união a família, filhos e aconchego. É claro que se as expectativas são diferentes, elas conflitam na forma como cada cônjugue vai entender a satisfação no casamento. E, nesse sentido, a mulher tende a frustrar-se mais com o projeto romântico do casamento do que o homem", define.
Embora o "Felizes para sempre" esteja mais para Hollywood, nem tudo são espinhos na vida a dois. Existem caminhos que levam à felicidade conjugal, e um deles, como aponta Giovana, é concordar sobre questões fundamentais para ambos.
Outra característica de casamentos felizes é o exercício de poder de forma igualitária. "Ambos devem sentir que são igualmente valorizados e respeitados pelo outro, possuindo as mesmas oportunidades e fazendo valer as mesmas regras. Mesmo que um seja melhor em alguma coisa, isso não significa que o outro deva ser desvalorizado. Apenas significa que eles possuem diferentes especialidades sem que elas impliquem na desqualificação do parceiro", diz Giovana.
Mas essa realidade não surge sem esforço. Além de frear as expectativas, é preciso gastar energia, tijolos, paciência e todo o estoque de afeto para construir o relacionamento. "Um projeto que tenda ao amor companheiro em vez do amor romântico, que questione os modelos vigentes, em que cada um construa a sua felicidade, de acordo com o que serve para si", sinaliza Giovana.
A conclusão é da psicóloga Giovana Dal Bianco Perlim, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Regional da Bahia, que há mais de 20 anos estuda as questões de gênero.
A grande queixa das mulheres é que sobra trabalho e falta afeto dentro de casa, revela o estudo de Giovana, defendido na Universidade de Brasília (UNB). "As mulheres ainda sentem que existem regras diferentes, e essas regras trazem limitações nos espaços sociais. Elas sentem que são pouco compreendidas nas suas necessidades afetivas e que não são valorizadas no seu esforço de dar conta da casa, dos filhos e do trabalho", diz a psicóloga.
A culpa de tamanho descompasso entre os sexos tem dono. Segundo Giovana, a mídia ainda insiste em divulgar imagens irreais sobre a vida a dois. "As pessoas continuam se casando como nos contos de fadas: casaram-se e foram felizes para sempre utilizando claramente um modelo romântico de relacionamento. Cada vez mais a sociedade padroniza como deve ser o casamento perfeito sem ensinar como dar conta de tamanha tarefa", opina a especialista.
Se as expectativas se distanciam da realidade, o resultado ganha a forma de frustração, que vem de ambas as partes. "Enquanto as mulheres relacionam o casamento a um local para intimidade, sexo e romantismo, os homens vinculam a união a família, filhos e aconchego. É claro que se as expectativas são diferentes, elas conflitam na forma como cada cônjugue vai entender a satisfação no casamento. E, nesse sentido, a mulher tende a frustrar-se mais com o projeto romântico do casamento do que o homem", define.
Embora o "Felizes para sempre" esteja mais para Hollywood, nem tudo são espinhos na vida a dois. Existem caminhos que levam à felicidade conjugal, e um deles, como aponta Giovana, é concordar sobre questões fundamentais para ambos.
Outra característica de casamentos felizes é o exercício de poder de forma igualitária. "Ambos devem sentir que são igualmente valorizados e respeitados pelo outro, possuindo as mesmas oportunidades e fazendo valer as mesmas regras. Mesmo que um seja melhor em alguma coisa, isso não significa que o outro deva ser desvalorizado. Apenas significa que eles possuem diferentes especialidades sem que elas impliquem na desqualificação do parceiro", diz Giovana.
Mas essa realidade não surge sem esforço. Além de frear as expectativas, é preciso gastar energia, tijolos, paciência e todo o estoque de afeto para construir o relacionamento. "Um projeto que tenda ao amor companheiro em vez do amor romântico, que questione os modelos vigentes, em que cada um construa a sua felicidade, de acordo com o que serve para si", sinaliza Giovana.
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