Aprenda a confiar na sua intuição e abra a sua mente para respostas mais criativas
A médica Patrícia Oliveira era avessa a crenças pouco explicáveis ou alternativas, até vivenciar uma experiência que a fez mudar de idéia. De malas prontas, prestes a pegar a estrada rumo a Minas Gerais, ao encontro de amigos, Patrícia teve uma sensação que não a deixou sequer abrir a porta da rua. “Senti um cansaço absoluto que me fez paralisar e não conseguir praticamente me mover. E junto a isso uma sensação negativa e a premonição de que algo ruim poderia acontecer”, conta ela.
Em qualquer outro dia talvez aquilo não significasse muita coisa e a fizesse pensar que se tratava apenas de imaginação, mas naquele momento algo mais forte a contagiou e a fez parar e repensar. Três dias depois, Patrícia recebeu a notícia de que a casa onde ficaria havia sido assaltada e todos os pertences de seus amigos foram levados. Dois deles foram vítimas de agressão.
Como Patrícia, muita gente faz ou deixa de fazer alguma coisa em nome do que se chama de intuição. De acordo com a psicóloga Virginia Marchini, fundadora do Centro de Desenvolvimento do Potencial Intuitivo, de São Paulo, trata-se de uma forma de conhecimento que está dentro de todos nós, embora nem todas as pessoas saibam utilizá-la. “A palavra intuição, etimologicamente, vem do latim – intueri, que significa considerar, ver interiormente ou contemplar”, explica Virgínia.
E a explicação da psicóloga tem raízes mais antigas. Fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung comparou a intuição a uma bússola, uma função da psique que desvenda possibilidades. Envolve a comunicação dos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo, que é racional e armazena dados concretos – números, palavras e regras; e o direito, responsável pela linguagem não verbal – símbolos, imagens e sensações. Relacionar o que vem de um e do outro é intuir.
Marchini defende que a mente intuitiva abre-se a respostas inovadoras e não padronizadas, mas aprender a confiar na intuição é um grande desafio, pois o senso comum ainda considera a intuição um conhecimento de risco.
“A baixa auto estima está diretamente relacionada a dificuldade em acreditar na inteligência intuitiva, já que a pessoa desenvolve um mecanismo de desconfiança a tudo que parta de seu interior”, diz Virgínia.
Existem, no entanto, mecanismos que possibilitam o desenvolvimento da intuição, como o treino no uso de imagens e símbolos, uma postura mais reflexiva e o desenvolvimento da autoconfiança. “Devemos confiar na intuição à medida que a autoconfiança e o autoconhecimento nos permitam separar a intuição dos nossos medos e desejos”, afirma a psicóloga.
Tudo pode ser uma questão de treino. Estar aberto a novidades, por exemplo, pode ajudar a infiltrar a intuição na consciência. Estar atento aos próprios sentimentos, emoções e sensações facilitam o autoconhecimento. Quando se entende o que se sente, a intuição flui. Bem mais facilmente. Você pode experimentar ou descobrir a sua maneira de fazer as escolhas sem desconsiderar que a intuição, muitas vezes, não falha. Independentemente do tamanho da decisão a ser tomada.
Por Viviane d'Avilla
Recebido por e-mail do site http://maisde50.com.br/
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