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terça-feira, 21 de abril de 2009

DÁDIVA DOS DEUSES

Fui acordado pouco depois das seis da manhã. Lisboa "estava cercada". Arranjei-me, apanhei um eléctrico até Sete Rios e o metro até aos Restauradores. Segui a pé até ao Terreiro do Paço, onde passei longo tempo a procurar furar a barreira dos soldados, que não deixavam ninguém chegar junto da força militar lá posicionada.
O que estava a ver não me entusiasmava muito. Os blindados e sobretudo os capacetes na cabeça dos soldados eram excessivamente parecidos com as imagens que tinham corrido mundo sete meses antes, quando Pinochet derrubou o governo de Unidade Popular de Salvador Allende.
Nessa altura eu trabalhava como secretário de redacção na revista Seara Nova, que tinha acabado de "fechar" o número que sairia em Maio. Não se me pôs, portanto, sequer, a questão de estar a faltar ao trabalho. Mas exactamente porque se tratava de uma revista mensal, também não se me punha a urgência de tomar notas para um hipotético artigo que só sairia...um mês depois.
Possivelmente porque se cansou da minha insistência, um dos soldados lá me deixou passar. Dirigi-me ao centro da Praça, onde já estavam alguns jornalistas, a maioria fotógrafos. Perguntei ao Carlos Gil se ele sabia de que lado estava aquela força. Não sabia, mas disse-me que o comandante era um capitão de apelido Maia. Dirigi-me a ele. Tínhamos sido colegas nos 6º e 7º anos do Liceu Rodrigues Lobo, em Leiria. Fiz-lhe a mesma pergunta, mal o vi. A resposta dele ainda hoje vale, para mim, na sua simplicidade, como uma das mais belas definições do 25 de Abril: "Não tiveste uns problemas quaisquer por causa de umas coisas que disseste num programa da Rádio Renascença? Estamos a fazer isto para que ninguém mais tenha que sair do país por causa daquilo que diz, escreve ou pensa".
Eram para aí dez e meia, o mais tardar 11 da manhã. Dei-lhe um abraço. A partir daí não ia ser apenas um repórter a acompanhar um acontecimento histórico. Ia ser também um cidadão a testemunhar a queda da ditadura e a abertura de um novo capítulo da nossa vida colectiva.
Um e outro acontecimentos, assim juntos, constituem na minha vida, ainda hoje, passados 34 anos, a mais extraordinária dádiva dos deuses. Com uma (não) pequena ajuda dos militares e dos milhares de lisboetas que logo saíram à rua, vitoriando os homens de Maia, mesmo antes destes terem prendido Marcelo Caetano e os seus ministros, no Quartel General da GNR, no Largo do Carmo.
(Grafia original)

Adelino Gomes (Jornalista e escritor)
Abril 2008


Agradecimentos ao Site: http://ww1.rtp.pt/


O cravo tornou-se no símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

(Vidé Vídeo)

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