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domingo, 1 de agosto de 2010

Lobo Antunes confessa que é incapaz de falar da guerra que viveu


O escritor português António Lobo Antunes confessou que nunca fez um livro sobre a guerra que viveu de perto em Angola, vivência que o marcou para sempre mas de que é incapaz de falar.



O mais importante da guerra para mim, e para além de continuar com os meus mortos no meu sangue foi a descoberta da camaradagem, confessou o escritor que participa, com outros 350, na Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL).

Eu todos os meses almoço com os oficiais da companhia. Somos poucos, quatro, e nunca falamos da guerra. Falamos de outras coisas mas não disso, assinalou Lobo Antunes.

Ainda hoje, quando estou com eles - os soldados, os oficiais, os sargentos - existe entre nós uma ligação tão forte que nada pode destruir. Não é amizade, não é amor, é uma coisa muito mais forte porque vivemos juntos os momentos mais horríveis das nossas vidas. Isto deu-nos uma ligação muito forte, assegurou o escritor.

Lobo Antunes estudou Medicina e por tradição familiar optou pela Psiquiatria, profissão que compatibilizou com a escrita.

Em Fevereiro de 1961, começou a guerra da independência de Angola e o escritor foi chamado para o Exército português como médico de campanha. Naquela guerra, ficou ferido com gravidade e regressou a Lisboa.

Já curado dedicou-se à Psiquiatria, profissão que só durante uma curta etapa da sua vida considerou interessante e que abandonou em 1986 para dedicar-se plenamente à Literatura.

A primeira vez que entrei num hospital psiquiátrico tinha a impressão de estar num filme de Fellini e na casa da minha avó, declarou o escritor português.

Sobre a guerra assinalou que não há ninguém que tenha passado por uma e que volte igual. (É) o absurdo, a injustiça, ninguém ganha a guerra, todos perdem, todos.

Considera que dos conflitos bélicos é impossível falar devido à crueza das experiências que neles se vive.

Jamais fiz um livro sobre a guerra. Poderia fazer-se um ensaio, um documento mas, por respeito para com os mortos, penso que não tenho esse direito. Mas, evidentemente, que isso mudou muito em mim, acrescentou.

Assinala que tem prazer na leitura, não acontecendo o mesmo com a escrita, a actividade pela qual foi reconhecido internacionalmente.

A primeira parte dos livros é muito difícil e nunca se está seguro do que se está a fazer. Fica-se cheio de dúvidas. Ficaria encantado de estar cheio de luminosas certezas mas não o estou. Estou cheio de dúvidas, assegura.

Creio que a única coisa que aprendi com os anos é que tudo o que a vida te dá é um certo conhecimento dela, que chega sempre demasiado tarde. E escrever e viver necessita de toda uma vida para aprendê-lo. Eu ainda estou a aprender uma coisa e outra, acrescenta.

A sua trajectória literária foi reconhecida com numerosas distinções como os prémios Rosália de Castro, concedido em 1998 pelo Círculo de Escritores Pen Club da Galiza, o Grande Prémio de Romance outorgado em Junho de 2000 pela Associação Portuguesa de Escritores pela Exortação aos Crocodilos e Prémio de Literatura Europeia do Estado Austríaco 2000.

Os seus romances foram traduzidos para numerosos idiomas, inclusive o coreano.




Agência LUSA

Publicado por Jorge Santos
- Op.Cripto
Agradecimento ao Jorge e ao site http://lestedeangola.weblog.com.pt/

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