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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Que tesão é esse?


Estou na menopausa, não faço sexo com meu marido, mas quero muito um outro homem. É normal?



"Tenho 54 anos e comecei há um ano na menopausa, com ciclos de menstruações muito irregulares, assim como hemorragias e meses sem ela vir. Mas o que mais me impressiona nisso tudo é o tesão que sinto diante da vida, das coisas em geral. Sou casada há 28 anos e perdi, sim, total interesse sexual pelo meu marido. No entanto, tenho uma vontade grande de conhecer outra pessoa, viver outras situações, mesmo casada. Percebo que hoje sou mais liberal, mais determinada, e sem a timidez e as inseguranças de uma mulher mais jovem. Casei virgem aos 26 anos e depois de casada tive somente um relacionamento estável - no paralelo - que durou 16 anos. No final de tudo, percebi que não poderia abrir mão da minha família para ficar com essa pessoa, um tanto possessiva e insegura. O tempo passou e hoje não tenho outro alguém. Meu casamento já acabou, mas continuo como amiga ou irmã do meu marido, só que temos poucas afinidades, então existe um vazio, um silêncio muito grande entre nós. As coisas vão ficando cada vez mais difíceis de suportar, principalmente de mim para com ele, que fui ficando cada vez mais frustrada e irritada. Ouço dizer que as mulheres, na menopausa ficam sem tesão pela vida, que têm ressecamento vaginal e comigo, graças a Deus, acontece justamente ao contrário. Porque será isso? Bastam umas palavras mais quentes e insinuantes, que fico logo excitada e úmida! Não faço reposição hormonal, mas me trato com homeopatia, a qual tem me feito muito bem. Sinto muita vontade de viver com um homem de verdade, coisas que nunca vivi com essa pessoa com quem me casei. Caminho todos os dias e, quando tenho oportunidade, pedalo para me manter jovem e, na verdade, e sinto uma adolescente carente e cheia de gás. Tem horas, porém, que já nem ligo mais para o meu casamento, para as convenções, porque o que eu quero é viver, viver bem nem que seja às escondidas, já que ele não larga o osso. Me ajude por favor!"
DSM

Resposta de Ana Fraiman*

Uôps! Quem é, mesmo que não larga o osso?! Convenhamos, dona moça! Estou enxergando aí duas pessoas agarradas ao mesmo osso: seu marido de um lado e você do outro. Não, não me entenda mal. Só quero ajudá-la a corrigir sua percepção. Se você se mantem nesse casamento é porque alguma coisa de muito valioso ele tem para você, mesmo que você não consiga enxergar do que se trata.

E digo mais: tanto o casamento, como o seu marido são muito valiosos para você. Se assim não fosse, porque você se manteria junto, agora que seus filhos são crescidos, se não fosse por uma decisão que se chama partilhar todo um Projeto de Vida? Dinheiro? Comodismo? Bem, cada casal tem suas razões e não cabe a ninguém dar palpite ou julgar as razões alheias: em caldeirão de marido e mulher, ninguém meta a colher!

Frustrada ou não, irritada ou não, quem disse que um casamento só é válido se for maravilhoso? Há toda uma série de valores em jogo. O casal é que decide. O modelo de casamento por amor e o desejo de obter toda a satisfação de uma mesma fonte é muito recente. Há culturas em que os casais são eleitos pelos pais. Outros são unidos por apresentações. Outros se casam porque querem constituir família. Outros se casam por arranjos políticos. Ou econômicos. Outros para consertar o que pais e mães decidem que foi um erro, tipo gravidez fora de hora: adolescentes, por exemplo. Até isso está mudando, ultimamente. Outros se casam por solidão. Ou para conseguir cidadania. Conheço um casal que se casou para não perder a pensão do INSS de um ou de outro. Cada casal se casa e fica casado porque quer e ninguém tem nada a ver com isso. Isso é democracia e estado laico.

O fato é que: com o passar do tempo todos os traços de caráter de cada um de nós se intensificam. O 'de bom' e o 'de ruim'. Em outras palavras, aquilo que nos torna charmosos e atraentes e aquilo que nos torna chatos e desagadáveis. Conforme o tempo vai passando, vai ficando cada vez mais evidente a pessoa que se é. Esse é um dos maiores paradoxos humanos do envelhecimento: quanto mais a gente muda, mais a gente se torna quem a gente é.

É nesse sentido que o envelhecimento humano pode ser visto como um longo processo de lapidação do nosso caráter. Quem disser que na meia idade as pessoas perdem a vontade de viver estará só falando bobagem. Muito pelo contrário! Com a chegada da meia idade, que ocorre em meio ao climatério feminino, enquanto o homem também estará em meio ao seu próprio climatério, a percepção da passagem do tempo também se intensifica e, com ela, se intensifica a percepção da finitude da vida e o diálogo com a morte. Isso gera uma ânsia muito grande de viver mais e mais, um desejo de aproveitar mais e melhor a vida, de fazer com que a vida signifique mais do que simplemente sobreviver.

Para alguns, há um baque muito forte de perceber que andou se desperdiçando, que andou se deixando para trás e bate uma depressão danada, uma culpa de ter-se anulado como pessoa e uma vontade muito grande de recuperar o tempo perdido, de querer fazer o relógio parar, arrependimentos, vontade de sumir e outras questões de natureza existencial. Fora os desequilíbrios de fundo orgânico, que podem acontecer. Tudo somado, as pessoas precisam ir ao médico, psiquiatras e psicólogos e se tratar mesmo, que a crise pode vir braba.

Mas uma boa parte das pessoas só precisará de uma supervisão médica, uma revisão e atualização de seus hábitos (o que também não é tão simples assim de fazer acontecer de uma hora para outra) e encarar que o tempo passa, sim, que já não se é mais jovem, mas que se está muito longe ainda de ser velho.

Então, mãos à obra, que ainda tem muita lenha para ser queimada, O entusiasmado pode ressurgir e redobrado. A crise chega para renovar e abrir espaço para mais.

Até alguns anos atrás, quando as mulheres ainda eram muito reprimidas, muito mal educadas sexualmente para não sentir prazer e detestar sexo, chegada a menopausa, davam graças a Deus de poder parar. Diziam que já não precisavam mais disso. Que já não tinham mais idade para isso e que estavam livres das obrigações conjugais. Então, 'a ciência da repressão sexual', sem levar em conta esse histórico social, interpretou a secura vaginal como característico da menopausa esse ressecamento pleno e total.

Bem, tanto as mulheres ouviram dizer que na menopausa iam ficar 'secas', que daí ficavam mesmo! Não é fantástico isso?! O corpo da gente faz o que a gente ensina e programa anos a fio para o corpo fazer! Agora, que já temos toda uma geração de mulheres que conquistaram sua liberdade sexual, que aprenderam a gostar de sexo, que conquistaram seu direito ao gozo, com ou sem penetração, que se masturbam - com ou sem companhia - e sem vergonha nem culpa, que praticam sexo com orgasmos múltiplos, está-se 'descobrindo' que a mulher na menopausa não necessariamente precisa ficar ressecada e com a 'vagina senil', como até então vem sendo chamada pelos compêndios médicos (estupidamente, diga-se de passagem) a vagina de mulheres com mais de 50 anos de idade.

São vaginas que não lubrificam mais, que têm uma mucosa fininha, fininha, que sangram ao menor toque ou pressão, às vezes já nas primeiras tentativas de penetração e às vezes quando a mulher simplesmente espirra ou vai ao banheiro e faz força e que precisam ser muito bem cuidadas, medicadas e não é brincadeira, isso. Tem que procurar um médico ou médica para pedir orientação. Isso gera infelicidade para a mulher e para os casais.

Mas não acontece com todas as mulheres, não. Como não são todas as mulheres que, quando jovens produzem lubrificação super abundante. Cada mulher é única, e estatísticas falam da 'mulher média'. Cada uma tem que conhecer o seu próprio organismo e se comparar consigo própria e não umas com as outras, essa é que é a verdade. Como muitas mulheres têm descoberto essa 'novidade', que é possível ter uma vagina elástica, musculosa e forte, bem lubrificada, desejo sexual intenso e muito prazer mesmo após a menopausa, o assunto agora está começando a surgir e ser debatido com coragem. Isso é natural. Isso é desejável.

E quanto a querer viver e sentir tesão pela vida: isso também é o natural e desejável. É um desejo de todos. O que é individual é o desejo de ter uma aventura clandestina. Porque não pensar em viver um amor por inteiro? Alguém com quem você possa compartilhar a segunda metade de sua vida, se for o caso, sem precisar se esconder, sem levar vida dupla? Acarinhe essa idéia. Se pintasse um amor verdadeiro, você gostaria de vivê-lo só pela metade? Não seria frustrante, também? Mas talvez o melhor de tudo seria começar por conversar com seu marido. Tente atraí-lo para uma terapia conjugal. Vocês ainda podem ter uns bons 25 anos de vida em comum pela frente. Já pensou nisso? Vinte e cinco anos mais?!


ANA FRAIMAN

*Ana Fraiman é psicóloga formada em Psicologia Social, especialista nas áreas clínica e social, com mestrado pela USP e, atualmente, cursa doutorado na PUC de São Paulo na área de Antropologia. Possui vários livros publicados, é articulista e Diretora da APFraiman Consultoria, empresa pioneira em Programas de Preparação para a Aposentadoria e Pós-carreira.




Recebido via e-mail do Site: http://maisde50.uol.com.br/

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